Recordações


Recordações…maldito quem as levar…restam do nada, servindo de melancólico lembrete…recordações cruéis ou bem ditas, que me fazem explodir de cores ou algo que nunca entendi por ser tão simples…recordações que me lembram das lágrimas caídas por impulsos inúteis…por discussões com motivos em falta…por paisagens devoradas pela beleza e tranquilidade que eu procuro e nunca encontro em mim…por pessoas com quem me cruzei em ruas sem caminho…saudades as recordações me vêem trazer de dias de verão, onde o rio era casa de multidões, para onde corríamos em corridas loucas, onde apenas eu era corredora, em que só eu, acreditava que memórias como o sentir-se esvaziar em vislumbre do anoitecer na estrada dourada de campos de trigo, me levava a respirar mesmo que por minha vontade não fosse, levando me a baloiçar com as enraizadas ervas, como que por solidariedade, achando que me entregaria ao vento para todo o sempre como elas, confiando na brisa como que não soubessem se permaneciam ali, ou se teriam já viajado meio mundo...iriam durar para sempre…que melancolia trazem as saudades dos dias em que o céu escuro, como retrato de alma minha, anoitecia rápido querendo despedir se dos seres, chorava lágrimas divinas e trovejava gritos e ordens a ninguém…onde à noite, ruas sozinhas se cruzavam apenas com a companhia de lojas pequenas e pequeninas, que se trajavam de luzes e luzinhas fazendo me congelar e obrigar a puxar do casaco, já pesado como alma minha, sentindo o frio que sempre me acolheu…onde o calor, era o vizinho com quem não se falava…oh recordações…quem vos matasse!
Que, um dia, onde jamais me encontrarão para me atormentar, irão atormentar, quem como eu, não soube viver…

Uma Rapariga Esquecida Do Mundo

De nada adiantou atravessar a floresta dos meus medos por um sonho inacabado. A morada a que pertenço nem se quer me reconhece. O amanhecer...