Reduz-me às cinzas do meu passado.
Esfarrapa minha alma em mil fitas mal medidas e cortadas.
Rasga-me a consciência sem perturbares a minha presença. Atira-me para o chão com paixão e volta a levantar-me só para puxares pela cintura contra ti, a tua respiração e as minhas forças, mais uma vez. Lança-me mais uma vez só esse teu olhar de rendição instantânea e verás quantos segundos levo a entregar-me, a manchar minha integridade pela sujidade das tuas mãos, sem grandes condições. Cerca-me novamente com esses braços de presença aveludada e peso mínimo, que me levam para bem longe destas quatro paredes.
Faz-me viver só mais uma vida, para me veres suplicar por descanso eterno durante o resto das horas.

Uma Rapariga Esquecida Do Mundo

De nada adiantou atravessar a floresta dos meus medos por um sonho inacabado. A morada a que pertenço nem se quer me reconhece. O amanhecer...