Ouve-se a chamada cardíaca vinda do inconsciente. Sopra a brisa desconcertante sobre o cadáver vivo e quando surge a sensação fria de abandono, puxam-se os lençóis, as mantas, os preconceitos, os medos e todas as recordações que sobre mim assentam para que vá embora a luminosidade, o frio e a dureza do início de mais um dia.
Tento acordar o corpo, dou comigo cega a tentar sacudir-me e debato-me com a incapacidade instalada, quando se torna inevitável que, mais uma vez, esta luta será inglória para mim.
Abre se a íris ao mundo e à luz e os sentidos à vida porém, quando tento fazer os membros meus escravos, nesta luta matinal, nem a ciência, a meditação ou a vontade própria me dão respostas ou sonhos de algo conseguido.
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De nada adiantou atravessar a floresta dos meus medos por um sonho inacabado. A morada a que pertenço nem se quer me reconhece. O amanhecer...
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