Como se ser inteiro bastasse. Como se também o sol não se fragmentasse todos os dias para me vir abraçar a mim, a ti, a ele e a nós.
Como se cada passo não acolhesse na sua leveza cada grão de pó deixado à deriva na estrada. Como se cada árvore não fragmentasse sua existência para se repartir pelos frutos germinados. Como se o passado não estivesse presente em cada dia que compõe o contemporâneo. Como se os medos não se fragmentassem deixando cada emoção tomar partido de um pedaço seu.
Se ser inteiro bastasse, eramos deuses e não reles minorias.
Se ser inteiro bastasse, seríamos pessoas e não repteis

De nada adiantou atravessar a floresta dos meus medos por um sonho inacabado. A morada a que pertenço nem se quer me reconhece. O amanhecer...